Perguntas frequentes

Respostas para quem não gosta de livros de ficção/fantasia ;)

"Ah, fada é uma coisa muito fantasia!"

Não diga, descobriu isso agora?? Velho, eu amo fadas, e isso não vai mudar NUNCA!

"Por que tu não ler algo mais real?"
Porque minha vida já é chata e rotineira, por que vou querer ler isso também? Lendo eu saio da realidade desse mundo chato e sem graça, pra entrar num mundo totalmente mágico, quer coisa melhor??

"Por que tu não lê livro evangélico?"

Eu leio MUITO livro evangélico, mas isso não muda o fato de que eu nunca vou parar de ler ficção

"Isso é coisa de criança"
Ah sim, esqueci que criança lê livro sem figuras e além disso que fala de coisas que só adulto entende, desculpe =D

"Isso é coisa do diabo"

E quem te falou isso, você? Tu por acaso já leu algum dos livros que critica? Garanto se lesse ia gostar tanto quanto eu ;)

"Isso não te te faz crescer, não te ajuda em nada"

Ah, desculpa, esqueci que o que faz crescer é novela e BBB, né? Sinto muito, mas pelo menos os livros que eu leio me ensinam VALORES e um português correto, já BBB...

"Parece que tu vive no mundo dos livros"

Não, eu sei exatamente a diferença entre realidade e ficção. O problema é que eu prefiro mil vezes o mundo dos livros.

"Tu só aceita o que tu quer ouvir"
Não, eu aceito conselhos de quem quiser me dar, o único problema é nem sempre seu conselho vai servir pra mim. E é óbvio que sua uma pessoa gostar da mesma coisa que eu, vou gostar muito mais de ouvir ela.

"Escritores desse tipo de coisa oferecem o livro pro diabo"
Sério? Engraçado que eu escrevo sobre tudo isso e nunca ofereci livro a diabo algum... ¬¬

"Tu escreve sobre isso? Credo, tu não tem algo melhor pra escrever?"

Na verdade, eu escrevo sobre um monte de coisa: bullying, trafico de mulheres (muito antes dessa novela começar ¬¬), drogas, anorexia E fadas, vampiros e maldições.

"Tu sempre tem uma resposta pra tudo?"
Sim, isso é característico de quem gosta de ler, ter argumentos pra responder críticas. Tu deveria tentar ;)

Falando de... UM POUCO DA MINHA VIDA

Resolvi parar um pouco para contar um pouco da minha vida sem graça para vocês.
Quando eu era pequena, eu não tinha amigos na escola, era muito solitária. Os amigos que tinha era meus primos e vizinhos, e mesmo assim, passava a maioria do tempo me isolando com meus livros e amigos imaginários. Não saberia explicar o porquê disso, simplesmente era assim.
Isso tudo, gerou em mim uma imaginação tão grande, uma necessidade tão grande de ser aceita, que passei a inventar histórias (até então inocentes, como meus poderes, ou mundos encantados), que obviamente poucos acreditavam. O problema é que fui crescendo, e como minha infância durou mais do que a maioria das pessoas (até quinze anos), minhas mentiras foram se tornando maiores, e não sei em momento da minha vida, passei a acreditar nelas.
Aquilo foi piorando tanto, que chegou um momento que passei a inventar histórias tristes também. Sempre a respeito da minha vida, sempre exaltando o eu, sempre sendo egoísta e egocêntrica. Aquilo me machucava de verdade. Eu sofria de verdade. 
Com o tempo, as pessoas foram percebendo isso e me abandonando aos gritos e insultos (Eu era sempre a mentirosa e falsa, sempre a malvada da história), e eu sempre me fazia de vítima, achando que era a coitadinha, que perdia amigos com facilidade porque tinha uma doença horrível que eu nem sabia o que era, e que me fazia querer morrer.
Com a ida no psicólogo, descobri o nome do que tinha: MITOMANIA. Não que isso mudasse alguma coisa, continuava a mesma de sempre. A garota solitária, de poucos amigos, que inventava histórias para se promover e era depressiva pelo mesmo motivo.
No final do ano de 2011, estive no auge do desespero. Costumo dizer que foi a época mais macabra e triste que já vivi, porque pela primeira vez parei de planejar o futuro, parei de me importar com as pessoas e me isolei completamente do mundo. Passei as férias inteiras em casa, sem sair nem pra ir a padaria, e chorava com muita frequência. Tinha marcada a data da minha morte: 29/02/12. Não tinha mais motivos para continuar vivendo. Eu era uma garota fracassada, sem amigos nem metas de vida, que não conseguia sair do primeiro ano e não achava um motivo sequer pra ser feliz.
Foi dois dias antes do dia planejado, que conheci três pessoas que conseguiram o que nenhum amigo tinha conseguido em anos: me sentir importante, especial. Deixei de me matar porque senti um pingo de esperança nelas, senti um ar de mudança, um ar de felicidade chegando, e eu tinha razão.
Mais de um ano se passou da data que eu queria ter morrido. Como sempre, magoei quem eu gostava por causa dessa doença tão maldita. Mas me deram uma nova chance, um voto de confiança. 
Hoje me sinto tão feliz, que nem parece que sou a mesma pessoa do começo do ano passado. Sou alguém que tem motivos para ter feliz (namorado que eu pedi a Deus, amigos que pedi a Deus, melhores amigos que pedi a Deus, família que pedi a Deus e uma vida que pedi a Deus) e mudei muito, em pouquíssimo tempo. Nesse um ano, eu já amadureci, criei responsabilidades, me tornei uma amiga melhor e fiz amizades para levar para sempre. Nos últimos dois meses, parei de criar mentiras e hoje, aprendi a pensar antes de falar qualquer coisa a alguém, pensar se é verdade ou se foi minha cabeça que inventou. Mudei muito, por medo de perder quem eu amo, e ainda estou mudando. 
Deus me deu uma vida nova, e eu tenho que agradecer a Ele do melhor jeito: sendo a pessoa que Ele quer que eu seja, para que eu possa ter a vida que eu sempre quis.
Obrigada a vocês, que são culpados por tudo isso: Mãe, Pai, minha mana Dani, meu amor Nado e claro, meus amigos hoje e SEMPRE: Nice, Greice, Lu, Jenny, Kelly, Fran, Amanda, Gus, Gu, Miih, Ray e Viih. 
Eu simplesmente AMO VOCÊS.

Falando de... JULGAMENTOS

Tenho raiva de quem julga alguma coisa antes de conhecer.
Sim, eu sou evangélica. Sim, gosto de fadas, vampiros, histórias de fantasmas e anjos caídos. Gosto de rock secular tanto quanto gosto de rock góspel. Acho que está na hora de pararem de julgar por isso.
Ontem, fui em uma festa de criança. Conversei lá com uma das amigas da minha mãe, uma pessoa de respeito dentro da igreja, dirigente de corais e que eu conheço a vida o suficiente para saber que vive de oração e é uma pessoa bastante espiritual. Eu me acerto bastante com ela, porque ela gosta de ler tanto quanto eu, e porque não tem preconceitos bobos.
Falávamos do meu livro, que tem muitos assassinatos e um pouco de suspense e ela se mostrou empolgada, o que para mim não foi surpresa apesar de saber que todos os outros "evangélicos" vão querer jogar uma bomba na minha casa). Mas confesso que não imagina que ela gostasse de Supernatural, The Walking Dead e vampiros. Não que eu ache errado, pelo contrário, achei incrível, mas não pensei que ela fosse gostar. Fiquei feliz de saber, me fez ver o quanto o preconceito das pessoas é idiota.

"Eu acho que se minha vida com Deus está bem, eu tenho direito a olhar as coisas, sem deixar-me envolver por elas." 

Essas foram as palavras dela. Vou guardar na minha parede, como uma mantra. Vai ser meu discurso de agora em diante, para quem vier falar que "é coisa do diabo". Estou armada, e tenho argumentos.


Mas, falando no mesmo assunto, porém um pouco diferente, quero falar sobre a morte do Chorão, vocalista do Charlie Brown Jr., e seus julgamentos.
Não nego para ninguém que eu amava Charlie Brown Jr. (disse no passado, sim, porque por mais que a banda continue, nunca vai ser a mesma). Eu amo rock nacional, e Charlie Brown era uma das bandas que eu mais curtia, que eu mais ouvia. A morte dele não só foi uma surpresa enorme, como motivo para chorar, sim, e para ficar triste até hoje. Ele era alguém que eu admirava, uma pessoa cheia de bons conselhos e um grande artista. Um grande roqueiro.
Só fico muito irritada quando vejo esses tipos de julgamento na internet. "Drogas matam", "Olha o que a droga pode levar você", "Sempre fui contra qualquer tipo de droga". 
Não estou dizendo aqui que ele não usava, eu não sei, não convivia com ele para saber. Mas, uma coisa é certa, se ele fazia, fazia muito bem escondido, porque os fãs que eu conheço dizem que ele não usava.
Mas o fato que eu quero falar aqui, não é se ele usava ou não usava droga. Se foi suicídio ou qualquer outra coisa. Isso não importa para mim.
O que eu acho ridículo, são pessoas que nem mesmo acompanhavam o trabalho dele, nem mesmo sabiam direito quem ele era, vir julgar o que ele fazia ou deixava de fazer. Se ele usava ou não usava droga.
Isso não importa, na boa. Morreu um artista incrível, que eu admirava muito, e que merecia toda a fama que tinha. Morreu alguém que estava sofrendo, sim, estava triste, mas tinha uma vida. Morreu alguém que precisava de Deus, sim, mas isso não é motivo para julgar alguém.


Antes de julgar o que não conhece, comece julgando você.

Falando de... PESSOAS

Pessoas são diferentes.
Cada ser humano tem suas qualidades pessoais, e seus defeitos pessoais. Cada pessoa tem sua personalidade e jeito de ser, que agrada uns, e não agrada outros.
Se ás vezes acontece  desentendimento, entre uma pessoa e outra, por motivo qualquer, pode ser porque as personalidades não se combinaram, ou porque são parecidas demais.
Mas sempre vai haver esse tipo de picuinha entre as pessoas, seja qual for o ambiente: escola, igreja, vizinhança...
Eu cheguei a essa conclusão a uns cinco anos. Que as pessoas nem sempre se entendem. Eu achei estranho, no meu ver, porque eu sempre me dei bem com todo mundo, do mais tímido ao mais extravagante. Sempre consegui ser amiga do mais paciente ao mais estourado. Porque essa é minha personalidade, eu me adapto as pessoas.
O problema da minha personalidade, é que nem sempre se dar bem com todo mundo dá certo. Se temos dois amigos que não se dão bem, ambos vão querer que você escolha o lado dele. Mas não quero escolher ninguém, ambos são meus amigos, mesmo que um seja mais amigo que o outro.
Essa "incompatibilidade de gêneros" tão comum, é sempre resolvido facilmente. Um ou outro, ou ambos, tem de aceitar o outro como é, porque somos assim, diferentes.
Então pra que a implicância?

Falando de... INFLUÊNCIAS

"Diga-me com quem andas e te direi quem és".
 
Vou dizer o que acho sobre esse ditado: quem fez ele era um cabeça fraca.
Foi mal quem defende o ditado, quem acredita ser verdade. Eu também acredito nele. Somos influenciados diariamente pelas pessoas que convivemos. Seja em um filme ou livro que nos recomendam, seja uma roupa que um colega veste e copiamos, seja por uma opinião que você mudou por causa dos argumentos de um amigo.
Mas não venha me dizer que alguém fuma, bebe ou fica grávida por "influência" de um amigo. Isso é coisa de cabeça fraca. Querer ser parecido com um amigo e gostar das coisas que eles gostam, é uma coisa normal. Mas cometer os mesmos erros? Por Deus, isso é ridículo!
Veja bem, tenho amigos de todos os estilos, religiões, gostos musicais e erros. Convivo com todos eles tempo suficiente pra ser influenciada pelos seus gostos musicais, modos de vestir e talvez até certas crenças (confesso que tem muita coisa que a minha religião não acredita que passa pela minha cabeça como existente). Mas jamais vou cometer erros por influência. Se cometer os erros dos meus amigos, vai ser porque eu quis.
Por exemplo: um amigo rockeiro diz que não gosta de pagode, e você curte pra caramba Exaltasamba. De tanto você falar neles, o amigo sente curiosidade e pede que você passe uma música pra ele ouvir. Dois dias depois, ele volta dizendo que curtiu. Isso foi influencia. Sim. Mas porque ele quis, ele pediu pra você passar a música pra ele, você não o obrigou a ouvir.
Com os erros, é a mesma coisa. É muito difícil um fumante oferecer cigarro a um amigo que não fuma, porque ele sabe que faz mal. Mas se o amigo pedir um pra ele, talvez ele até aconselhe a não fazer isso, mas cede e lhe dá um cigarro. Foi influencia? Sim. Mas porque o não-fumante quis assim. Mesmo se o fumante oferecer um cigarro a você, você só aceita se quiser. E é assim com todas as coisas.
Então não vem culpar seus amigos pelos seus erros. Se errou foi porque você quis, não por influência alguma, ok?
Não vou nem comentar sobre "amigos" ou grupos que insistem até o amigo fazer o mesmo que ele. Isso não é amizade de onde eu vim. Amigo não quer que você se torne igual a ele, quer que você seja você mesmo, com seus gostos. Se você começar a gostar de algo que ele gosta, ele vai ficar feliz. Mas um erro que ele comete, ele não vai gostar se você cometer também. Porque amigo quer o bem do outro ;)
 
Então parem de culpar os amigos por seus erros, e comece a assumir que você que é idiota o suficiente pra fazer essas idiotices ;)

Falando de... VIVER UMA MENTIRA

Eu não me orgulho disso, viver de mentiras. Mas ao menos minhas mentiras não são conscientes ou com intuito de enganar alguém.
Me invoco com pessoas que vivem uma mentira. Dentro da igreja são adoradores, crentes fervorosos de bíblias na mão. Demostram aos amigos ser uma pessoa de Deus. Mas escondem pecados que Deus abomina dentro de uma caixinha a sete chaves.
O engraçado é saber que essas pessoas são as que acham demônio em tudo. Anime, livros, TV, internet, tudo tem diabo.
Mas os pecados abomináveis deles estão lá, escondidos.
Pra quê viver uma mentira, se Deus, que é quem você deveria agradar, está vendo tudo?
Brincar com o evangelho é algo sério. Costumam usar essa frase quando os adolescentes conversam na hora do culto. É claro que atrapalhar o culto é inconveniente e perturbador. Mas brincar com o evangelho não é isso.
Brincar com o evangelho (ou com Deus, mas com ele não se brinca) é viver uma vida "santa" dentro da igreja e cheio de pecados fora. Isso é pior que viver em pecado. Você está brincando com o sagrado. Com Deus, de certa forma.
Viva o evangelho verdadeiro, genuíno. Obedeça a Palavra de Deus, se é o que tu acredita.
Ou entao assuma seu erro, e viva no mundo.
Mas não viva uma mentira.

RETROSPECTIVA 2012

O post é longo pra caramba :S

P.S: Sei que vão vir muitas perguntas, depois que esse post surgir, mas deixo bem claro que é PASSADO! Tudo que faz parte do meu passado, ficou lá. Querem perguntar, perguntem, vou responder com certeza. Mas não me sinto mais assim.

Nossa, parece que faz décadas que 2011 e o início de 2012 passou. Mas aí está, doze meses depois de tudo o que passei de bom ou ruim, resolvi revelar todos os meus maiores segredos, em uma retrospectiva de tudo o que aconteceu comigo nesse ano tão incrível, transformador e feliz pra mim.

No fim de novembro de 2011, tinha feito uma promessa: tirar a minha vida. Pra isso tinha uma data marcada (por ser depois da praia, da visita da minha "irmã", que estava em Manaus, e logo antes de começar as aulas. Além, é claro, de ser um dia que minha mãe lembraria só daqui a quatro anos): 29 de fevereiro.
Não me julgue por essa decisão sem saber da minha vida. Eu estava morta por dentro, e sentia que nada podia me tirar daquilo (veja o post suicídio, feito nessa época). Não acreditava mais na Bíblia, nem em inferno. Achava que morrendo, iria a um lugar melhor, longe da vida escura e mórbida que vivia.
O motivo de não ter feito isso?
Lê a retrospectiva aí ;)

Janeiro:
O ano começou pra mim com clima de fim. Alias, desde que me conheço por gente, sempre odiei Ano Novo, por me fazer lembrar o ano horrível que tive. Estava morta, respirando por aí como um robô sem sentimentos, sem medo de morrer. Sem dor e sem alegria alguma.
Fui pra Oásis, em Tramandaí/RS, passar quinze dias com pai, mãe, irmão e amiga. Ela já tinha chegado de Manaus, e eu não queria desgrudar dela, afinal, era minha despedida.
Deixei que ela contasse tudo o que acontecera e me silenciei, trancando-me em mim mesma, sem abrir a boca. Sabia, porém, que precisava falar. Foi o que aconteceu. Minha amiga só perguntou por que eu estava assim, e eu contei a ela tudo o que estava sentindo e o porquê, apesar de não contar o que planejara.
Foi nesse mês que perdi meu melhor amigo. Ele morreu de leucemia dia 26.

Fevereiro:
Fevereiro foi o pior mês do ano. Ciente de que meu fim estava perto, me isolei. Trancada no quarto e no Tumblr, sem amigos, abraços, carinhos... Sem nada e ninguém. Só eu, meus amigos invísiveis, a esperança que chegasse logo dia 29. e uma gaveta cheia de remédios e um canivete.
Confesso que foi a pior fase de depressão que já passei na vida, e a única que tinha pressa de morrer. Apesar disso, foi um dos poucos momentos que minha família pensou que eu estava feliz e bem. Irônico, não?
Meia dúzia de vezes, saí de casa para ir a um tal "tratamento" da doença que me matava aos poucos, apesar de ficar cada vez pior e meu cabelo estar caindo a cada dia. Mais ou menos no fim desse mês que passei a usar boné e lenços.
As aulas começaram no dia 27, e tinha meu plano esquematizado: sentar na última classe, ser antipática como em 2008 e não falar com ninguém. Era um plano perfeito.
Mas, felizmente, uma mulher com mais do dobro da minha idade, e que sentou na minha frente, me inclui numa conversa com três garotas que iam, mais tarde, mudar minha vida. Minha nee-sam, Ayumu*; a doce Joice* e a garota fofa Bianca*.
Finalmente, dia 29 de fevereiro chegou, com um temporal horrível, logo antes da aula acabar. Acabei ficando na escola com Joice*, esperando a tempestade passar, cerca de duas horas.
Na hora que decidimos ir embora, a menina me deu um abraço tão acolhedor e sincero, que pensei ter já morrido e em um lugar melhor. E eu não recebia um abraço desde a conversa com a Rapunzel* no início de janeiro.
Foi esse abraço, que me impediu de cometer suicídio. Somente tive o tão esperado choro - não chorava desde metade de 2011 - que me tranquilizou.

Março:
Depois disso, prometi a mim mesma que ia tentar ficar bem. Mas, como sozinha ninguém consegue nada, a depressão continuou, apesar de voltar a viver normalmente, e melhorar as notas depois de muito tempo.
Com o passar do mês, minha amizade com Ayumu se intensificou, e eu enontrei nela o porto-seguro que nunca tinha encontrado em ninguém antes. Ela foi a pessoa que me fez sentir importante de novo e principalmente, foi o real motivo pra que eu dissesse que estava FELIZ com sinceridade. E isso é o que eu defino AMIZADE.

Abril:
Foi o mês que namorei com uma vizinha de 14 anos, que me deixou traumatizada a cerca de ciúme e romantismo. Minha depressão ainda continuava, fracamente. Sentia um vazio por dentro e perdera meus antigos amigos e estava afastada de outro alguém, o que me deixou triste por essa época.
Foi Ayumy*, mas uma vez, que me tirou dessa.

Maio:
Foi logo no início do mês que perdi meu anjinho. Uma criança de sete anos que me fazia bem, se foi de volta aos ceús dia 10. Também com leucemia.
No fim do mês assumi o namoro - com aliança e tudo - com a menina que estava namorando, o que causou escândalo na família e fora dela.
Estava feliz. Tinha amigos, namorada, tava tudo lindo. Mas estar feliz e diferente de ser feliz.

Junho:
Foi o mês que começou a mudança de verdade. Voltei a ir na igreja, o que pra mim é uma das coisas que me faz feliz (isso não me torna homofóbica e eu continuo ecômenica, eu não mudei isso, só me tornei feliz), e foi também nesse mês que terminei o namoro e voltei a acreditar na Bíblia (e isso não significa concordar com regras, eu concordo com a Bíblia) e a felicidade verdadeira começou a aparecer, como por mágica.

Julho:
Uma briga idiota por religião (só o fato de brigar por isso já é idiotice, me odeio por isso) fez eu tomar finalmente a decisão final. Voltei pra Deus, pra igreja e passei a ser feliz DE VERDADE.
Passei quase o mês inteiro longe da minha nee-chan. Tanto pela briga idiota, quanto pelas maldades de certas pessoas invejosas.
AMIZADE =/= NAMORO    #ficaadica

Agosto:
Graças a Deus, o mês começou com eu e Ayumu* de bem.
Fui no melhor show da minha vida!Muito rock e mudança de vida, lágrimas... PERFEITO!

Setembro:
Esse mês tive um surto de tristeza, porque veio a tona problemas do passado. Minha família não aceita(va) meus gostos (anime, vampiros, literatura juvenil, rock...), o que me deixou mal também.
Esse mês fiquei 15 dias trancada, tentando ficar bem, mas sem forças pra nada.

"Sinto como se tivessem me arrancado uma perna. Não, pior ainda, meu coração. Parti ele em mim pedaços como se fossem migalhas. Me sinto sufocada, como se uma mão gigante tivesse apertando meu pulmão, meu estômago e meu coração. Dói. Não consigo comer nada. Não consigo sair de casa, é como se as pessoas fossem me acusar de meus pecados em plena rua. Queria chorar, mas não saem lágrimas. Queria morrer..."
Diário - 19/09/2012

Passei por uma barra horrível, ficava trancada numa cama, e isso também me irritava. Motivos? Uma certa doença aí. Mas tudo valeu a pena. Me livrei de uma encrenca pra sempre, e sim, pra mim isso foi um milagre. De irmã pra irmã. Minha irmã foi a ajuda pra minha cura.

Outubro:
No início do mês, fui atingida por uma crise de pânico, que não me atingia a anos. Pensei que tudo ia voltar, mas Deus me livrou disso. Alias, Deus foi o único motivo de a depressão não me atingir de novo. Ele me abraçava e cuidava de mim todos os dias.

Novembro:
Esse mês olhei pra trás e refleti sobre tudo o que tinha passado esse ano. Passei por momentos tristes, sim, mas passei por tanta coisa boa, tanto motivo pra ser feliz!E eu sou feliz, depois de todo esse tempo, todos esses anos, EU SOU FELIZ!
Amigos, por exemplo. Tenho aos montes: minha melhor amiga Fada Madrinha*, a quem devo tudo, porque sempre que eu estive mal, ela era a única por aqui. Minha nee-sam, Ayumu, que esteve comigo me fazendo feliz, todos os dias. Minha best vaca, a Rapunzel*, que ensinei e eduquei com orgulho. Joice*, Bianca*, Koly*, Jonas*, Gui* e toda 117. Meus amigos otakus: Fernanda, Gus... E minha família que sempre está comigo. Por todos e tudo, vivi um ano incrível.
E Deus, que me fez feliz de verdade!

Dezembro:
Esse ano todo estive com a auto-estima nas alturas. Me acho bonita, sim. Me acho linda, sou filha e criatura de um Deus perfeito. Preciso emagrecer, mas só por saúde, e pra ficar mais bonita (kk).
Pra terminar o ano com chave de ouro, tô namorando o menino que sempre pedi a Deus nas minhas orações: otaku, rockeiro, fofo, sem ser meloso, e cuida de mim.
Não estou mais feliz.
Sou feliz.

Falando de... FARISEUS DESSE TEMPO

P.S: Tudo o que falo aqui é o que a bíblia fala sobre os assuntos que são tratados no post. Se você não concorda com qualquer coisa que está escrito lá, não continue a leitura. E se concorda com a bíblia, mas não concordar com o post, sinto muito, mas você anda interpretando a bíblia errado (lê-se: como é bom pra você)
Preconceito é crime na nossa sociedade, qualquer um sabe disso. Mas muitos "fariseus" (religiosos) de nossa época teimam em dizer que essa lei está errada, que ninguém pode concordar com o pecado. Eu concordo que não se pode concordar com o erro, mas não concordo que isso te dê o direito de discriminar alguém, seja porque ela é drogada, prostituta, homossexual, fornicador ou qualquer outra coisa. Respeitar alguém, não está te tornando condizente com o que ele faz. Está provando a ele, que você está seguindo o exemplo de Jesus de amar a todas as pessoas, independete da raça, cor, religião ou opção sexual. Você está sendo cristão, ou seja, seguidor de Cristo.
Há quem diga que não discrimina ninguém, e ainda assim, teima em "cortar relações" com parentes ou amigos que vivem em pecado. Isso pra mim, é sim, discriminação. Pois está tratando diferente, ou seja, está agindo com preconceitos.
E não, nunca disse que o fato de não concordar com algo que ele faz, te torna preconceituoso. Aceitar o que ele faz te tornaria igual a ele. Preconceito é tratar alguém diferente por algo que ele faz ou é. Isso é pecado também.
Um exemplo claro pra adolescentes: Se você não gosta de pagode, mas trata igual um pagodeiro, você está tendo opinião. Se não gosta, mas o trata diferente das outras pessoas, está sendo preconceituoso. Se diz que não gosta, mas escuta quando está com ele, está se tornando igual a ele. Ou seja, está perdendo sua opinião.
Jesus deixou o exemplo perfeito de como o seguidor dele deve ser: ele nunca descriminou alguém ou agiu com preconceito. Pelo contrário, apesar de não concordar com o pecado, e até mesmo falar contra ele, ele sempre andou com ladrões, prostitutas e pecadores, ao lado dele, mesmo sabendo quem eles eram. E defendeu uma pecadora, a tratando como igual, ao dizer "Quem não tem pecado que atire a primeira pedra".
Aliás, aí está um versículo que deveria ser decorado pelos "fariseus" de nosso tempo. Todos nós, seres humanos, vivemos pecando. Mesmo sem querer, pecamos. Até quem diz que não tem pecado, já está pecando, pois está mentindo. Todo mundo tem pecado. E não existe "pecadinho" ou "pecadão" no ver de Deus. Todos somos igualmente pecadores. Então da próxima vez que ver aquele casal gay ou aquela prostituta na rua, lembre-se das palavras de Jesus: "Quem não tem pecado, que atire a primeira pedra."

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