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Falando de... RENÚNCIA
"Jesus, creio em Ti. E se for preciso, eu abro mão do que for, para te fazer feliz" - Renúncia (Chris Duran).
Tive uma semana difícil. Uma máscara que caiu, sofrer por um amigo que acha que está certo, ou ver quem você ama chorando, sem ter uma palavra de consolo para dar, porque você mesma já desistiu. Foi assim que me senti com tudo o que aconteceu, e bem, não é algo que eu possa contar.
A vida ás vezes não é nem um pouco fácil, todo mundo sabe disso. Enquanto você está vendo alguém ser enganado, ser levado a algo que você sabe que é errado, mas que a pessoa acredita ser um caminho bom, as coisas são ruins, claro, você sofre. Mas quando essa pessoa está fazendo tudo por vontade própria, está se afundando de propósito, está até mesmo influenciando outros a fazerem o que fazem, então você desiste. Porque sabe que nem mesmo o melhor dos conselhos faria esse alguém mudar de ideia, então você não debate, você não briga, não refuta. Apenas escuta, como uma boa amiga faria, e se surpreende a cada revelação.
Bem, como dizem há males que vêm para bem. E isso, apesar de ser a pior coisa pela qual já passei em toda a minha vida, me trouxe benefícios também. Por exemplo, certas coisas me abriram os olhos para muita coisa que havia fechado os olhos de propósito, até. E bem, não é fácil, mas é necessário mudar.
Nunca neguei aqui que odeio rótulos. Por esse mesmo motivo, odeio ser taxada de otaku, roqueira, eclética, ecomênica, evangélica ou qualquer outra coisa. Mas sim, eu curto anime, rock, vários tipos de música, sou curiosa a respeito de religião, mas acredito na religião evangélica. Mas, bem, chegou minha hora.
Hoje quando pensava nas coisas que tinha que largar - certos livros, certos animes, algumas músicas e a astrologia - eu chorei. Não como uma pessoa que está abandonando as coisas que ama, mas como alguém que está deixando de saber quem é de verdade. Pensei comigo, se eu largar tudo que gosto - animes, rock, ficção, séries, filmes - quem eu vou ser? Isso tudo faz parte de quem eu sou, então quem eu sou sem tudo isso? Uma menina boba que mal sabe o que é diversão de verdade longe de tudo isso? Uma menina que não se dá bem em esportes, nem curte muito sair longe de suas paredes? Quem sou eu?
Sinceramente, depois que conseguir ter me livrado de tudo que me faz mal, de tudo aquilo que amo e me faz ser quem sou, não sei exatamente o que vou me tornar. Mas algo eu tenho certeza: não quero ser igual a todo mundo, não quero ser um rótulo. Não quero ser "ah, ela é evangélica, então por isso gosta só de música góspel e não curte nada fora desse meio". Não quero ser assim. Não quero ser um robô de uniforme, ou um clone de um sistema. Quero ser eu mesma. Sem paradigmas.
É claro que renunciar o que se ama dói, e dói muito. Mas se até mesmo Jesus teve de renunciar sua glória por amor de nós, porque nós não podemos renunciar pequenas coisas por amor a Ele?
Sim, eu chorei, e renunciei muito coisa na minha vida. Renunciei coisas que amo. Deixei de curtir algumas páginas do face, e coloquei fogo em certos livros e mangás. Mas quem, em toda a Terra pensa que por um pouquinho que seja, Deus é amor, e como o ser amoroso que é, não se importa com aquilo que amamos?
"Tua vida foi o preço pago por mim. Tudo o que sou e tenho devo a Ti."
Falando de... JULGAMENTOS
Tenho raiva de quem julga alguma coisa antes de conhecer.
Sim, eu sou evangélica. Sim, gosto de fadas, vampiros, histórias de fantasmas e anjos caídos. Gosto de rock secular tanto quanto gosto de rock góspel. Acho que está na hora de pararem de julgar por isso.
Ontem, fui em uma festa de criança. Conversei lá com uma das amigas da minha mãe, uma pessoa de respeito dentro da igreja, dirigente de corais e que eu conheço a vida o suficiente para saber que vive de oração e é uma pessoa bastante espiritual. Eu me acerto bastante com ela, porque ela gosta de ler tanto quanto eu, e porque não tem preconceitos bobos.
Falávamos do meu livro, que tem muitos assassinatos e um pouco de suspense e ela se mostrou empolgada, o que para mim não foi surpresa apesar de saber que todos os outros "evangélicos" vão querer jogar uma bomba na minha casa). Mas confesso que não imagina que ela gostasse de Supernatural, The Walking Dead e vampiros. Não que eu ache errado, pelo contrário, achei incrível, mas não pensei que ela fosse gostar. Fiquei feliz de saber, me fez ver o quanto o preconceito das pessoas é idiota.
"Eu acho que se minha vida com Deus está bem, eu tenho direito a olhar as coisas, sem deixar-me envolver por elas."
Essas foram as palavras dela. Vou guardar na minha parede, como uma mantra. Vai ser meu discurso de agora em diante, para quem vier falar que "é coisa do diabo". Estou armada, e tenho argumentos.
Mas, falando no mesmo assunto, porém um pouco diferente, quero falar sobre a morte do Chorão, vocalista do Charlie Brown Jr., e seus julgamentos.
Não nego para ninguém que eu amava Charlie Brown Jr. (disse no passado, sim, porque por mais que a banda continue, nunca vai ser a mesma). Eu amo rock nacional, e Charlie Brown era uma das bandas que eu mais curtia, que eu mais ouvia. A morte dele não só foi uma surpresa enorme, como motivo para chorar, sim, e para ficar triste até hoje. Ele era alguém que eu admirava, uma pessoa cheia de bons conselhos e um grande artista. Um grande roqueiro.
Só fico muito irritada quando vejo esses tipos de julgamento na internet. "Drogas matam", "Olha o que a droga pode levar você", "Sempre fui contra qualquer tipo de droga".
Não estou dizendo aqui que ele não usava, eu não sei, não convivia com ele para saber. Mas, uma coisa é certa, se ele fazia, fazia muito bem escondido, porque os fãs que eu conheço dizem que ele não usava.
Mas o fato que eu quero falar aqui, não é se ele usava ou não usava droga. Se foi suicídio ou qualquer outra coisa. Isso não importa para mim.
O que eu acho ridículo, são pessoas que nem mesmo acompanhavam o trabalho dele, nem mesmo sabiam direito quem ele era, vir julgar o que ele fazia ou deixava de fazer. Se ele usava ou não usava droga.
Isso não importa, na boa. Morreu um artista incrível, que eu admirava muito, e que merecia toda a fama que tinha. Morreu alguém que estava sofrendo, sim, estava triste, mas tinha uma vida. Morreu alguém que precisava de Deus, sim, mas isso não é motivo para julgar alguém.
Antes de julgar o que não conhece, comece julgando você.